quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Dalvim divulga: Cineclube Cultura – novembro 2009


MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA

Os Sementais de Yennenga

Mostra de filmes premiados com o troféu “Semental de Yennenga”, do FESPACO(Festival Pan Africano de Cinema e Televisão de Uagadugu), exibe uma seleção de obras que nos convidam a uma viagem através das realidades e sensibilidades africanas. Com riqueza de enfoques, criatividade narrativa e pertinência das reflexões, a mostra traz o melhor do cinema produzido na Áfica. O ciclo, realizado pelo Cineclube Cultura, da Secretaria de Cultura de Uberlândia, em parceria com a Cinemateca da Embaixada da França no Rio de Janeiro, contém também filmes digitalizados a partir de cópias antigas.

Dia 13 - sexta-feira

20 horas
Ali Zaoua (Marrocos/França, 2000)
Direção de Nabil Ayouch. Cor,90 min

Ali, Kwita,Omar e Boubker são meninos de rua. Apesar das dificuldades do cotidiano, uma amizade indefectível os une. Ali é morto durante uma briga entre bandos rivais. Seus três amigos terão agora um único objetivo: dar-lhe o enterro que merece. Contarão com a ajuda de um adulto, um pescador que ficara amigo de Ali. O filme ganhou o prêmio do público no Festival de Amiens de 2000.

Dia 14 - sábado

20 horas
As mil e uma mãos (Marrocos/França, 1971)
Direção de Souhel Benbarka. Cor,75 min

Em Marrakech, o velho tintureiro Moha e seu filho Miloud transportam pacotes de fios de lã. Assim começa a minuciosa tecelagem de tapetes vendidos no exterior e a labuta dos homens, mulheres e meninas.

Dia 15 - domingo

17 horas
Baara (Bali/França, 1978).
Direção de Souleymane Cissé. Cor,93 min

Um jovem camponês de Mali trabalha como baara, isto é, carregador de bagagens em Bamaco. Um dia, faz amizade com um jovem engenheiro. Este passa a protegê-lo, ajudá-lo em seus problemas com a polícia e lhe consegue um emprego. O engenheiro, que estudou na Europa, tenta aplicar suas idéias liberais dentro da fábrica. Ele se opõe ao sindicato local, submisso ao patrão, e entra em conflito com a diretoria da fábrica. O filme conquistou, entre outros, o prêmio de melhor fotografia no Festival de Locarno de 1978 e o Grande Prêmio dos Três Continentes no Festival de Nantes de 1979.

20 horas
Heremakono – Esperando a felicidade ( Mauritânia/França, 2002)
Direção de Abderrahmane Sissako. Cor, 95 min

Em Nouadhibou, aldeia de pescadores no litoral mauritano, Abdallah, um jovem malinês de 17 anos, visita a mãe antes de partir para a Europa. Neste lugar de exílios e de falsas esperanças, o jovem, que não entende a língua, tenta decodificar o universo à sua volta: Nana, uma jovem sensual, Makan, que sonha com a Europa, Maata, um antigo pescador e agora eletricista, e seu discípulo Khatra, que vai ajudá-lo a sair de seu isolamento ensinando-lhe o dialeto local. Os destinos se encontram e se desencontram ao longo dos dias, os olhares fixos no horizonte aguardam uma incerta felicidade. O filme ganhou o Prêmio da Crítica Internacional na seção Un Certain Regard do Festival de Cannes de 2002, além do prêmio de melhor direção de arte no Fespaco 2003.

Dia 19 - quinta-feira

20 horas
Buud Yam (Burkina Faso/França, 1997)
Direção de Gaston J-M Kabore. Cor,99 min

Wend Kuuni foi encontrado quase morto na selva quando criança e adotado por uma família. Apesar de ter sido aceito pela comunidade da aldeia, continua a ser tratado como um forasteiro. A vida em família decorre serena até o dia em que Poghnéré, sua irmã adotiva, fica gravemente doente. Wend Kuuni parte em busca de um curandeiro lendário para salvar sua irmã da morte. Sai então de sua aldeia adotiva e começa uma jornada de iniciação que o conduzirá rumo às próprias raízes.

Dia 20 - sexta-feira

20 horas
Djeli (Costa do Marfim/França, 1981)
De Fadika Kramo-Lanchiné. Cor, 92 min

Dois estudantes marfinenses, Fanta e Karamoko, estão apaixonados e querem se casar. Nascidos na mesma aldeia, seus respectivos pais se conhecem bem. Mas Karamoko, filho de griô (um músico e poeta itinerante), não pode casar com Fanta, filha de um descendente direto das famílias ilustres do povo Mandingue. Apesar de o mundo estar em plena transformação, ambas as famílias se opõem ao casamento entre os filhos para preservar a tradição.

Dia 22 - domingo

17 horas
Em nome de Cristo (Costa do Marfim/França, 1993)
Direção de Roger Gnoan M'Bala. Cor, 82 min

Numa pequena aldeia marfinense, vive um criador de porcos, desprezado por todos. Num belo dia, ele bebe demais e tem a visão de um Deus-criança, que o elege para salvar seu povo. Ele passa então a ser Magloire 1º, primo de Cristo, e usa sua eloqüência para impressionar a imaginação das pessoas e fundar uma seita. O filme ganhou, entre outros, o Prêmio Especial da Juventude no Festival de Locarno de 1993 e o Prêmio Especial do Júri no Festival de Milão de 1994.

20 horas
Drum (África do Sul, 2004).
Direção de Zola Maseko. Cor,104 min

A vida de Henry Nxumalo, jornalista investigativo famoso nos anos 50 em Sophiatown, bairro-símbolo da resistência cultural em Johanesburgo. Ele trabalha numa revista direcionada para negros, Drum, verdadeira arma na mídia da época. Durante essa era, toda uma geração de exigentes sul-africanos (autores, críticos, músicos e jornalistas) surgiu e expressou-se nessa resistência. Henry Nxumalo arriscou a vida para denunciar as condições de tratamento dos negros que viveram e trabalharam durante os anos de segregação, apesar do assédio constante por parte das autoridades. Foi considerado o Melhor Filme Sul-Africano no Festival de Durban em 2005.

Dia 25 - quarta-feira

20 horas
Finyé(Mali/França, 1982)
Direção de Souleymane Cissé. Cor,105 min

Dois adolescentes malineses, Bah e Batrou, oriundos de classes sociais diferentes, encontram-se no liceu. Bah é o descendente de um grande chefe tradicional. O pai de Batrou, governador militar, representa o novo poder. Os jovens pertencem a uma geração que recusa a ordem estabelecida e põe em xeque a sociedade.

Dia 26 - quinta-feira

20 horas
Guimba - um tirano, uma época (Mali/França, 1995)
Direção de Cheick Oumar Sissoko. Cor,93 min

Sitakili, uma cidade no deserto do Saara, vive sob a dominação de um homem, Guimba Dunbaya, e de seu filho Janguiné. Kani Coulibaly é noiva de Janguiné desde que nasceu. Ela é agora uma bela moça, muito cortejada, mas nenhum pretendente ousa se declarar de tão grande o horror imposto por Guimba. Durante uma visita de cortesia a Kani, Janguiné apaixona-se por Meya, a mãe de sua noiva, e quer casar com ela. Para satisfazer o capricho do filho, Guimba expulsa Mambi, o marido de Meya. Este se refugia então numa aldeia de caçadores e organiza a revolta contra o tirano. O filme levou os prêmios de melhor figurino e desenho de produção no Fespaco 1995.

Dia 27 - sexta-feira

20 horas
História de um reencontro (Argélia/França, 1983)
Direção de Brahim Tsaki. Cor, 80 min

Duas crianças surdas e mudas. Ela, filha de um engenheiro petroleiro americano. Ele, filho de um camponês argelino. Encontram-se e conseguem se comunicar, ultrapassando todas as barreiras culturais que as separam.

Dia 28 - sábado

20 horas
O Wazzou polígamo (Le Wazzou Polygame, Nigéria 1970)
Direção de Oumarou Ganda. Cores, 38 min

Um crente muçulmano, ao voltar de Meca, recebe o título de El Hadj. Mas ele não tem escrúpulos em cobiçar a jovem Satou, prometida a Garba. Só resta a Garba, furioso, deixar a aldeia para ir à cidade. Mas um drama mais grave surge: a segunda esposa de Hadj, Gaika, não aceita a intrusa e, para impedir o casamento, decide matá-la na véspera. O filme conquistou o Prêmio da Crítica Internacional no Festival de Dinard (França), em 1972.

Tilaï (Burkina Faso/França, 1990)
Direção de Idrissa Quédraogo. Cor,81 min

Saga volta à aldeia depois de uma ausência de dois anos. Muitas coisas mudaram. Sua noiva Nogma é agora a segunda esposa de seu pai. Mas Saga e Nogma ainda se amam. Apesar de terem que transgredir as leis, os dois jovens têm um caso. Para a aldeia, isto significa incesto e Saga deve morrer. Kougri, seu próprio irmão, é designado para matá-lo. Este deixa o irmão escapar e Saga refugia-se junto a uma tia. Nogma vai viver com ele. Vivem felizes até o dia em que Saga sabe que sua mãe tem poucos dias de vida. Ele decide então voltar para a aldeia. O filme ganhou um prêmio no Festival de Cannes 1990 e também levou o de melhor música (para o músico e compositor de jazz Abdullah Ibrahim) no Fespaco 1991.

Dia 29 - domingo

17 horas
Identidade (República Democrática do Congo/França, 1998)
Direção de Mwenze Dieudonné Ngangur. Cor, 97 min

20 horas
Muna Moto (Camarões/França, 1974).
Direção de Jean-Pierre Dikongué-Pipa. Cor,89 min

Ngando e Ndomé se amam. Ngando quer casar com Ndomé, mas a família dela lembra-lhe que ele deve pagar o dote. Órfão, ele recorre ao tio para ajudá-lo a cumprir esta obrigação tradicional. Mas o tio, que não consegue ser pai apesar das três esposas, decide casar com a moça sem saber que ela está grávida de Ngando. O filme conquistou, entre outros, o prêmio Georges Sadoul em 1975 e o primeiro prêmio da Organização Católica Internacional de Cinema, de Ouagadougou (África), em 1976.

Local: Oficina Cultural de Uberlândia - Sala Roberto Rezende: Pça. Clarimundo Carneiro, 204 - Bairro Fundinho

Entrada Franca

Cineclube Cultura é um projeto de caráter cultural, sem fins lucrativos.
Lei nº 9.696/2007 e Decreto 10.999/2007

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