sábado, 22 de agosto de 2009

Dalvim/UFU lança a primeira edição do LETRÃO

O Diretório Acadêmico Vinícius de Moraes da Universidade Federal de Uberlândia – Gestão Abaporu, em parceria com a escola Mendes & Lima - Cursos e Idiomas, lançará o primeiro número do LETRÃO, jornal destinado aos alunos e professores do curso de Letras. Nele, você poderá publicar seus artigos, expor suas opiniões, esclarecer dúvidas e manter-se informado sobre tudo o que ocorre em nosso curso. O espaço é aberto a todos aqueles que queiram divulgar seus trabalhos, portanto, convidamos você a participar de nosso jornal!

Para promover seu texto, é necessário que você mande o arquivo (em formato .doc) para o e-mail dalvim_ufu@yahoo.com.br. A comissão editorial selecionará os textos para o jornal, que será publicado todo final de mês.

Essa é a oportunidade de você, caro estudante de Letras, expor suas ideias! Participe do LETRÃO!

21/08/2009

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Concurso premia em dinheiro os poetas da internet

Concurso de poesias via internet chegou ao final, distribuiu prêmios e em novembro será lançado o livro com os 70 melhores poemas do concurso.

As Últimas Horas do Galo José, de autoria do sul-mato-grossense Ivan Marinho de Souza, Remorsos, do paraibano Odir Milanez da Cunha, e Vampiro, do paulista Paschoal Di Ciero Filho, foram as vencedores do concurso Talentos, primeira edição do maior concurso de poesias da internet brasileira. Os autores receberão os prêmios de R$ 5 mil (As Últimas Horas do Galo José), R$ 3 mil (Remorsos) e R$ 1 mil (Vampiro).

Até o final de novembro estará circulando o livro que reunirá as 70 poesias indicadas como as melhores inscritas no concurso pela Comissão Julgadora de Talentos. Será um livro ilustrado e que já tem a capa definida, escolhida pelos poetas que se inscreveram no concurso.

Todos os poetas que terão poesias editadas no livro receberão um exemplar gratuitamente. O livro também será colocado à venda para aqueles que se interessarem em adquirir exemplares. As 70 poesias foram selecionadas entre as 1.252 inscritas no concurso.

Já está sendo produzido o novo site de Talentos. Será a maior comunidade de prosa e poesia do Brasil. Qualquer pessoa poderá expor suas obras, sem custo nenhum.

Além disso, Talentos planeja realizar, anualmente, quatro concursos, dois de poesias e dois de crônicas e contos. Todos eles com prêmios em dinheiro, como foi este primeiro, de poesias. Ainda este ano será lançado o primeiro concurso digital de contos.

Fonte: PC Magazine Brasil, 18/08/2009.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Estão Tentando a Morte da Poesia (*)

Herbert De Jesus Santos (**)

Pelo que venho clamando no deserto,

estão tentando matar a Poesia,

em troca do poder mais abjeto,

aceitam, letal, sua asfixia.

Seus cavaleiros bateram em retirada,

porque se deixando a Terra Santa aos infiéis,

só temos notícias das cruzadas

e dos homens que luziam seus lauréis!


Com medo de culpar palácios,

agora, não são mais do que piões,

ou capachos do humor dos paços:

Palácio do Governo – o dos Leões;

Clóvis Beviláqua – o da Justiça;

La Ravardière – a Prefeitura;

Arcebispado da Sé;

Manuel Beckman – Assembléia;

Câmara – Pedro Neiva de Santana,

que, fazendo jus ao meritório,

com a cara na palma na mão,

todos têm culpa no cartório

pelo atraso social do Maranhão.


São tão culpados quanto os palácios,

os que permitem o descalabro

que massacram a população.

Não há nenhum levante de pena,

como valiam a pena os de antanho.

Há menos ovelhas com catecismo

e mais analfabetismo no rebanho.

Mais propaganda enganosa,

com riqueza na televisão,

pois a miséria, em rebordosa,

tem 70 por cento no chão.

Adestram a burra escabrosa,

que come do povo o pão.

A saúde pública bem-sucateada,

e a particular, em mansão,

o pobre morre na estrada,

sem um bom hospital no rincão.


Poetas, que defendiam as nossas cores,

que eram os Campeões da Cidade,

pois tomavam, ao menor ai, as suas dores,

e não consentiam a falsidade,

são mais conferidos nos dedos,

os que combatem o bom combate.

Não têm mais saco nem âmago,

para a causa devida:

ou pensam com o estômago,

ou só pensam nele na lida.

Tiram de letra tanto a Academia,

que podia ser gigante, e encolheu

(como tentam matar a poesia,

por egocentrismo fariseu),

ao chão, onde seria cumeeira,

se ao bem-comum desatasse os nós,

porque covarde não ergue nossa Bandeira

do Povo, que só é mortalha para heróis!


Até a plebe de Roma

era cerebral em premissa

de que só em estado de coma,

não há Direito e Justiça.

Aqui, há mais guabirus

que urubus na carniça!

Mesmo na Roma de “causa cessou”,

nem “deus” matava o vencedor!

Não dava a César o gladiador

que vencia a morte na arena,

a massa fazia até imperador

respeitar a sua sentença.

“César, os que vão morrer te saúdam”!,

era mais honra aos que melhor lutavam.

Por distinção de classes, ou defeitos,

para quem nunca mostra o rabo –

ricos, sabe Deus como, são seus eleitos! –,

pois a maioria, pobres-diabos!

Por isso, tentam matar a Poesia,

que não deixa o Povo na mão,

e luta por ele, e a mentira não consentiria

de “Viver é bom demais no Maranhão!”

Aqui, os césares de igual rancor

só querem dar ao Povo rumo (in)certo:

o pão que o Diabo amassou

e um imenso circo a céu aberto!

(*) Poema do livro São Luís em PreAmar: Ainda Assim, há um Azul!, de 2005.
(**)Jornalista, poeta e do IHGM